"Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o universo não tem ideias." F. Pessoa
22 de novembro de 2010
O ponto final sem dois
O meridiano de Pasárgada
L2 sul - norte
20 de novembro de 2010
10 de novembro de 2010
5 de outubro de 2010
ô, pobre
15 de setembro de 2010
4 de agosto de 2010
voltando lá atrás, trazendo à tona eu existir
1 de agosto de 2010
zodíaco em zonas
31 de julho de 2010
15 segundos para o pousar da mosca
17 de julho de 2010
fica aqui comigo
16 de julho de 2010
Pensar no fim é uma síndrome
30 de junho de 2010
?
23 de junho de 2010
Eu também, sentada aqui em cima, primeiro andar tranca na janela, não estou altiva como um parnasiano. Triste e um tanto quanto cansada, um tipo diferente de carência fica esbarrando no vidro, sem embaçar. é frio não por solidão, nem medo, nem desapego, nem nada, é frio por motivos esquisitos, talvez brasília no inverno e a insuficiência ou falta de paciência dos meus edredons que nunca param. Cair na armadilha é um pouco de fazer-se companhia. Alguns movimentos redondos e outros copos despropositados de um álcool que não vai fazer efeito. A terra e girar sem tontear. Ficar calado põe em dúvida o respirar. Quando tudo baixa, tudo pára, tudo vira mínimo e não sai fumaça de nenhum lugar a zero graus. Frios cinzas deixam tudo suspeito, mesmo o sol. Quatro quadrados, quatro quadrados, quatro quadrados. Camas altas te fazem se sentir uma criança. Não tocar os pés no chão faz sentir-se uma criança. Literal e metaforicamente. E o frio vira só uma besteira, um ventilador ligado, uma incapacidade estrutural, instrumental, da mesma forma que o bolero de ravel não pára.