2 de abril de 2010

O

Eu fazia dela um ovinho nas mãos, e, eu não sei se você se lembra, eu sou um coelho. E com uma pele de veludo que sabe amar, aprendeu a amar, e sorrio como se passasse a lateral do rosto em alguma coisa com mais carinho do que já me foi possível. Como gostar é aprender, e ir gostando é ir conhecendo, a coisa toda roda como um redemoinho, um tornado, um vaso sanitário. A chave na fechadura, fechar uma garrafa, ligar o carro, dar corda, laçar um boi, abrir a torneira, olhar o microondas. Sem tontura, sem vômito, virar-se de costas para dar de quatro. Não sei porque estou falando em círculos.

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