31 de agosto de 2008

Sair de debaixo da saia que só te quero quando consegues ser você

Fazer do amor algo belo. Porque te desejo tanto quando você consegue ser você e ser só você e não ter medo, e te desejo tanto mais quando sai de debaixo da minha saia, e debaixo dela só esconde a mão e o pudor e sabe respeitar suas próprias vontades sem ver nisso desrespeito por mim. Que te quero mais quanto menos achas que fere meus sentimentos e a beleza do amor. Isso me é tão nítido que tenho medo de que jamais consigas fugir dessa amarra que é minha personalidade pesada e o peso dela em seus olhos. Não sou leve e, por mais que ache bonito quem seja, não quero ser. Sou todo esse corpo pesado que você vê e continuarei sendo, e até meu colchão densidade 33 tenta se adaptar à carga que carrego por dentro. Saiba ser, que eu sou. E só. Não se incomode com os pudores sociais de ser belo e dar-me mais amor que tesão, que não é isso que quero. Pergunte-me o que é que quero se por instantes te fugir as intenções da minhas vontades. Ou ignore-me se for demais e se não for o que quiseres. Seja. Não seja prisioneiro, não quero prisioneiros, quero colegas de fuga. Somos escapes e podemos assim ser felizes, você não vê? Só há beleza se houver leveza. Não se preocupe com minha ótica e o que eu vejo de você, que se não tentares ser nada por medo, nada verei, nem quererei. Tenho um pouco de medo do que quero e você não pode dar; você sabe que há coisas que simplesmente você não pode dar (ah!, o problema da estrutura). Períodos de vida são de fato compliacdos, você sabe, eu sei, sei lá como faremos, faremos. Não dando certo, não deu; sejamos leve e saibamos caminhar. Tempo ao tempo e espaço para nós. E, vamos lá, carro atrás dos bois.

30 de agosto de 2008

Que fim levaram todas as flores?

27 de agosto de 2008

Como o Desassossego em Pessoa

  1. Projeções de amores futuros jamais serão amores futuros. Serão sempre e só e cruamente projeções em telas de seda.
  2. Reduzem-me a um vexame; um descontrole de braços e pernas e mente e agenda, um amontoado engraçado de vestes e a uma tentativa falha de sucesso. Espancam-me com rosas e por isso não acha nem jamais acharão que me espancam.
  3. A pior das humilhações é a que vem do amor. O amor é a pior das morais.
  4. Sentir-se mal não é nada comparado a sentir-se mal humilhado por quem te estima.
  5. É necessário guerra.
  6. O copro dói amando o que não sabe amar.
  7. O desespero por uma paixão que fosse de fato paixão e talvez então amor soube deixar-me num estado de vegetativa esperança e cobrança.
  8. Sentir-se sozinha na realização de tarefas pelas quais não lhe atribuirão créditos.
  9. Meus erros são muito mais bonitos que qualquer dos meus acertos. Compreendo que me pisem.
  10. Ridicularizam-me com amor e se peocupam quando não sorrio.
  11. Peço desculpas por essa minha deficiência de nervos e tolerância de aço e esse meu sarcasmo amador e feio.
  12. ()
  13. ()
  14. ()
  15. Bocas em bocas enquanto bocas em corpos > boca em boca e felicidade no copo.
  16. ()
  17. ()
  18. ()
  19. O pêssego imita sua pele.
  20. Se o tempo é errado, tudo o mais será errado.
  21. Será que um dia a liberdade virá?

(...)

24 de agosto de 2008

Alguém que derrame/seja

"... óleo pelo asfalto,
à espera de um acidente de carro,
que com suas luzes, como fogos de artifício,
como um chamariz,
esclareça os caminhos e proponha uma
dança..."
(sem deixar entrar luz em casa, Roberto M. X. Reis)

21 de agosto de 2008

E o desenrolar

- Cara, peidar é muito desumano.
peido.
- E tenho dito.

Louvável

- Cara, peidar é muito desumano.

20 de agosto de 2008

Não,

eu não me reduzo ao que você acha belo.

13 de agosto de 2008

Atemporal

Tudo o mais que anda em paz mente por aí que é fácil viver.
(13:00, 9/6/2008)

(22/07/08)

Eu preferiria então morrer só(pausa.)
a morrer aos poucos contigo(pausa leve.)
, matando-te.

5 de agosto de 2008

segurando as pontas sem desfazer o laço

você faz horrores de diferença. não é bom saber disso? pra mim, eu digo, eu pergunto, quer dizer, porque te vejo muito e convivo e te ouço e te procuro entender e te procuro instigar a querer ser entendida e a acreditar na possibilidade do entendimento. e então de repente te ver e não te ter acesso, o acesso desejado, pode matar com uma facilidade interessante e constante, mas também há o intuito, seu e meu, de fazer disso menos frequente, eu acho, esses encontros que não são encontros, são só visões um do outro. e então descobrir-me descobrindo respeitar você e seus momentos e entender que nem tudo pode ou deve ser entendido e respeitar seu espaço e respeitar seu não se esforçar simplesmente por um cansaço físico e mental e emocional que não necessariamente é relacionado à pessoa que eu sou, mas pode ser, e, sendo, também deveria eu entender, e entendo. e respeitar então seus muxoxos insatisfeitos de cansaço de rotina, de simples cansaço e aceitar que não seja sorriso, seja um escolho entre o triste, o cansado, o decepcionado e o que se prepara para algo pior, e ver essa zica ao redor do seu dia a dia e suas mãos que contam tanto de você quando você dirige impaciente com a vida. tudo isso, ver e entender e simplesmente poder ver e entender, ou respeitar sem entender, tudo isso é lindo e tão cansativamente interessante que por vezes não te gosto pelo simples fato de te gostar e te entender sempre que posso. que lindo também é quando não entendo e é simplesmente você e eu, diferentes e, e aqui o e tem sentido de mas além de e mesmo, uma ao lado da outra, por uma razão ou outra, mas enfim sem concordar em posições sobre assuntos e sem entender e uma vontade talvez de mudar a mente da outra, e várias vontades que por vezes também escondemos por receio de que as bases do relacionamente não sejam, ainda não estejam, quer dizer, assim tão fortes, e então se preparar, constantemente, treinar-se para, esquentar-se para uma luta futura que não resultará em sangue, crê-se, por mais que tenhamos cogitado clubes da luta em finais de semana ou simplesmente a existência desse clube. daí também, quando bate sobre mim a crença da sua não tentativa de algo, quer dizer, do não esforço, também penso em ver seu lado e seu cansaço e descorrelacioná-lo a algo que venha de mim, como um desgaste de vontade da minha presença ou das minhas posições, e também tenho visto sua decepção fortíssima com minha inexperiência porque isso nos leva a uma perda de tempo e a um desgaste de rodas e ligamentos, e também a um atrito de neurônio com neurônio que nem sequer se conversam, só se gastam. daí te entendo, mas não sei se você me entende, você só busca paciência no silêncio, e você não é paciente, mas você às vezes é silêncio, é tortura calada e reservada, e eu tentando invadir isso fico ainda piorando seu humor, e pondo-me à disposição também te canso por não simplesmente deixar que você viva sua vida sozinha, porque você sabe quando é o momento necessário de estar sozinha e quando outro corpo é necessário, e eu ainda não sei pra você, ainda não tenho certeza de quando é isso, mas saberei. também esse hormônios expostos dos nossos corpos femininos entram em choque porque é assim que funciona, e eu acho engraçado por mais que compreenda o fato de que procuramos não nos bater. somos muito cautelosas com nosso carinho e nossos bom dia, de tal forma que o silêncio é a melhor barreira entre um pulso e um rosto, e tem funcionado, e às vezes não gosto, mas o bem é superior. vai dormir, vai sim, vou dormir também, a preocupação não é tão grande que me tire o prazer do sono do qual tenho me privado há duas noites, e os olhos certamente se fecharão com rapidez e calma, porque não vou definhar de dor ou dúvida naquela cama verde de que tanto gosto pensando se há algo crucial em cheque ou se vem aí uma desistência de um dos lados de manter esse barco correndo. isso nem foi cogitado, que o barco parasse de correr, lógico que não, nem você pensou nisso, mas agora, porque estou escrevendo e me deixando levar de repente pareceu-me natural a possibilidade disso, mas no nosso caso é uma impossibilidade, na verdade.

Acontece, Manuel

"Quando ontem adormeci
Na noite de São João
Havia alegria e rumor"

hoje os barulhos são confusão.

4 de agosto de 2008

Simples

Cansaço de falar sozinha por aqui.

2 de agosto de 2008

Correção

em Prismas 2 pra evitar mal entendidos.

1 de agosto de 2008

Prismas 2

Marias, Antônios e/ou anônimos.