16 de fevereiro de 2014

No pensamento tudo desalinha como numa estória, como uma invenção puramente ficcional de por qual curva a vida pode virar. Nesta curva, dada você toda curva, curvei-me sem ver a maior dobradura da minha perna dura por você. Ansiedade me mexe por dentro do meu choque estático. Se para você pareço solta e muito bem versada, por dentro desce a força desconhecida da sua armada, que percalça meu caminho desarrumado por você. Eu caminhada, caminho pela entrada, direto, cercada, onde você me vê. E se a culpa assusta, se a gruta desmuda, eu deixo transparecer. Pode cansar, pode levar, pode deixar para depois crer, neste desejo que deseja  quase que eu desejo por você.

10 de fevereiro de 2014

Entre as brincadeiras que fazemos eu e a liberdade do meu sexo, você vai penetrando por debaixo das garras do meu desejo onde mesmo o comprimento das outras unhas não cutuca. A sobriedade faz com que eu siga por onde a tranquilidade me permite que lhe olhe sem que enrijeça nada em mim além da malemolência com a qual paquero. Oscilo entre saber e não saber porque eu faço isso. Desconheço se ser simples consiste em lhe querer e lhe conquistar ou em driblar o meu desejo até desvanecê-lo. Me engano em saber se sem você estarei mais satisfeita ou menos excitada. A putaria me ensina que posso encontrar novos prazeres que não envolvam a sua pele indesbravada ou a sua boca feroz. O rascunho do prazer me ilude a lhe achar ardente. Mas você é frequentemente esta figura tola que constrói em mim, entretanto, curiosidade e memória, e deixa evidente a fantasia a se ter.