17 de março de 2010

música popular brasileira

Eu nasci porque eu precisava. E sentada aqui em casa eu fico ouvindo músicas para que me injetem subjetividade e eu possa escrever. Várias coisas doces, eu agora sou doce, e eu sou uma pessoa bem simples, eu mostro meus incômodos e eu não vou se não quero, mas eu quero ainda muita coisa pertinho de mim. Eu quero por exemplo a Rebecca bem pertinho, bem pertinho mesmo, porque tem um gosto de casa inacreditável e, enfim, é a Rebecca. E quero McDonalds em dias bem aleatórios, mesmo que desgoste do sabor. Quero tocar violão porque é bem bom, e ele dorme junto comigo no meu quarto. Tem outra coisa que dorme no meu quarto também, vira e mexe, e devia poder vir mais, mas essas coisas não se decidem assim. Tem água dentro e fora da geladeira, tem café também, e meu computador tem uma internet bem rápida. Mariana Duarte dá aconchego, Roberto Murilo desperta do sono e Tássia é bom para dormir e estar acordada. O Flamengo está perdendo no momento e o Rio de Janeiro é sempre mais quente que Brasília. As coisas são bem simples, vê, nada mudou, absolutamente nada, eu estou mais decididinha e madurinha, eu diria, mas os amores de antes eu ainda durmo agarrada feito ursinhos, ou o travesseiro entre as minhas pernas, e o novo gosta de pôr o peso nas minhas costas, sem metáfora.

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