2 de julho de 2014

Põe-se em cheque, vulgariza-se, questiona o pensamento e ridiculariza a própria intenção. Marcos não se deixa quieto. Vê o tempo como um menino que aprende a caminhar, e na longa espera de seus passos inventa mil e uma razões a mil e um problemas novos. Pensa. Pensa. Pensa. Pensa. De saber-se ser humano acha natural tanto pensar, e acostuma-se no vício. Ignora seus efeitos, suas consequências, ignora a própria mudança de comportamento diante do que ali ainda não está: imagina o menino que caminha cair e exaltado pelo susto fictício acaba fazendo-o trupicar. Nunca espera, nunca silencia, nunca aguarda o que há de estar, mas inseguro fantasia sem se deixar respirar.