19 de setembro de 2007

"Eu matei Mufasa"

Aos poucos, sutil e calma como poucas pessoas descobrem por si só que posso ser, eu vou lançando meus segredos pelos cantos do mundo, tramando palavras que parecem sem importância, cuspindo um passado sempre presente, um desejo nunca morno, uma esperança nunca vã. Vou deixando minhas migalhas em terrenos diferentes, vou jogando papéis no chão sem o remorso costumeiro, vou largando meus pedaços.
Obrigada por ouvir meus segredos sem saber, e eu te perdôo por fazer chacota deles sem perceber. Obrigada por ver a importância às vezes, e me olhar como quem fez um grande feito. Eu fiz. Pequenos Grandes Feitos Desconhecidos. Sem contar aquela latinha de Skol que eu virei. haha.
Obrigada, mais diretamente, à minha irmã, que sabe ser absolutamente carrasca e absolutamente compreensiva, e eu ainda não descobri como. Que sabe ser presente. Meus segredos estão já perdidos em você, e eu já não me importo que os encontre de novo. Só esqueça de procurá-los, faça espaço pros novos.
Estava pensando noutro dia no postsecret, nas pessoas que mandam os segredos, no ato de confessar-se para "o mundo". Eu vou-lhe dizer, é viciante. Escreva um segredo, confesse-se numa folha de papel, numa montagem da internet(tudo que dê menos trabalho e consuma menos tempo pra você não se arrepender enquanto escreve, certo?), nalgum blog. É viciante. É libertador. É auto-descoberta. É pesado. É assumir, é ter certeza, é confirmar, é perceber, é muito. Mas é bom. É viciante.

Um comentário:

  1. você me deixa arrepiado com essas coisas, lu.
    arrepiadíssimo.
    e faz com que eu abandone um pouco os textos que eu PRECISO LER E FAZER UM ESTUDO DIRIGIDO E ENTREGAR PELA NET ATÉ MEIA NOITE E JÁ SÃO 22HS E TENHO MUITO MAIS PARA ESTUDAR E AAAH..!
    rsrsrs

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