14 de agosto de 2007

Sobre limites

Curioso. Assim, ontem eu quis escrever, reescrever, consertar, ler, reler, escrever outra coisa, dizer o que faltou, fazer outros apontamentos, dizer que fiz alguma coisa que, em vidas passadas, disse que jamais faria(ou fingi que jamais faria). Agora, dia seguinte, não há o que dizer. Não sei se é só porque ninguém ainda conhece isso aqui, ou porque eu ainda não sei como lidar com algo que se faz e ninguém mais sabe ou por isso ou por aquilo. Há pessoas e pessoas que eu gostaria que me lessem sem que eu precisasse avisá-las que estou escrevendo em público agora.
Eu nunca escrevi em público. Nunca escrevi para ser lida. Era pra mim, e pra mim só. Agora continua sendo pra mim, com a diferença que eu coloco num lugar completamente acessível a quem quer que seja, e isso faz toda a diferença. [Muito embora eu esteja achado que muito, muito do que eu possa vir a escrever não vá ser só pra mim. Quase tudo, talvez.]
Agora estou pensando como será que funcina isso aqui. Como assim você simplesmente chega e escreve o que quer? Quer dizer, geralmente tem algum limite, alguma fronteira, alguma parte onde alguém, algum sistema, alguma tecnologia vem e te avisa: "Olha, isso você não pode escrever". Se isso existir, o limite deve ser pornografia ou depreciação da imagem dos Estados Unidos. Mas acho sinceramente que não há nada do gênero e, gente, como assim posso escrevero que quiser? Quer dizer, fantástico. Não que eu tenha um leque de assuntos e complexidade que vá além do que as pessoas pretenciosas têm, mas é sempre bom saber que não há limites, é sempre bom saber que a única pessoa que pode castrar o que você quer dizer é você mesmo.
E isso significa já uma grande castração.

Um comentário:

  1. "Há pessoas e pessoas que eu gostaria que me lessem sem que eu precisasse avisá-las que estou escrevendo em público agora"

    eu entendo TÃO bem isso!

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