12 de agosto de 2013

um buraco, uma broca, entre o espaço físico de todas as coisas e o espaço físico eu, pura ilusão de materialidade. Vivo ali onde não se vê, expansivo e macio, gordo; a minha consciência imaterializada sou eu. O vácuo espesso da minha realidade engana bem vindo os meus interlocutores. Não estou nada. Quando me aproximam, observo com algum choque e algo de incrédulo o meu universo poder ser tocado com as mãos. Então me tocam, e em mim as estrelas das minhas sensações espalhadas se aglomeram todas, como que fossem atacar, mas não querem. Observo, mas não olho. Dou tempo a tudo de não me assustar.

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