12 de agosto de 2013

Eu penso em escrever, mas em mim, limitam-se os caminhos que chegam a eu saber dizer qualquer coisa. Sento-me, com paciência, sem mais nada. Não é que deseje produzir, embora deseje, desejo sair, mas prefiro ficar. Estou parada em não ter palavras, nenhuma, não em não ter palavras para dizer alguma coisa, para desviar a atenção de qualquer outra, para chegar a um sentimento que não sei, que não sabia ter, que talvez não tenha: o que não tenho são palavras. Não tenho jeitos. Não tenho formas, não tenho ideias, tenho, bastante, espaço. Preenchido, não preenchido, não consigo ver, embora sinta, intensamente, eu. Existem muitas coisas fora do domínio que consigo explorar; e embora me agrade e me acalante a percepção de que nada tenho a dizer, por não ter mesmo o que dizer, como é difícil me deixar ficar sem falar.

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