8 de agosto de 2009

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Parece óbvio que é um país do exterior; não é. Lisboa pra dentro costura como uma cidade brasileira, e a escuridão e o amontoado das ruas é o mesmo. De cima talvez tudo seja uma grande São Paulo, mas pequena. E em cada unidade há menos carisma. Ainda assim você pensa que a Lisboa Antiga, rasgando Alfama e Graça e outros bairros é diferente e curiosamente mais histórica e refinada. Na realidade é só o ar de lirismo.
Da saída do avião, ainda era escuro como se fosse noite, mas batiam seis e meia da manhã. O sol nasce na primeira metade das sete. Quando os pés tocaram o cimento do lado de fora do aeroporto, era claro e frio. Nada era esquecido. A rotatória, as pistas, os semáforos. As pichações nos muros e biombos de metal e as estruturam de ferro que constituem uma passarela que nunca vi usada. Me lembra a branca que leva da estação de trem em Belém ao outro lado da rua, que percorri com Du há quase um ano em direção à Pastelaria. Quiseram ler minha mão no caminho, e não é tão simples despistar as videntes, que falam português, espanhol e arranham inglês, mas foi. Naquela época ainda tudo era diferente, tudo, tudo. Mesmo eu caminhava com outra postura e sorria por motivos diferentes. Já naquele tempo, though, não sorria por estar em Lisboa e por estar em Lisboa sorria menos.

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