22 de outubro de 2013

Não há prosa que rasgue na angulação que eu quero. As horas caminham-se com o supremo silêncio do mistério. O dia inteiro desconfia-se. Não posso dizer, nem de longe nem de muito perto do espelho, que passei incólume diante das inquietações imprecisas daquilo que não faço ideia. Estive, tantas horas, exatamente habitada e espaçada como o espaço entre as paredes da minha casa. Inventei ocupações, não pude acreditar em nenhuma. Tudo não foi nada; um dia inteiro prova que para existir basta estar existindo. O que me aguarda no canto da curva?, não arrisco a menor ideia.

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