10 de setembro de 2013

É o dia que surge. Não aguenta esconder as suas possibilidades. Enquanto eu alongo a coluna pescoço acima, ele elabora todos os deslises que poderei escorregar ao seu longo. Abro os olhos a partir do desdém engraçado da sobrancelha que se ergue autônoma, achando graça de eu imaginar as possibilidades de perigo espalhadas pela rua. Questiono-me, quase, se será que as imagino se ao fim de fato aparecem? Crio-as apenas porque eu sou eu, e as vivo; fora isso, são elas que vão existindo, que vão me enxergando, que me buscam sem me buscar pela atração do desejo, malicioso desejo, que se mostrando entre nós muito rapidamente se esconde, deixando cara a cara eu, você e o resto do universo.

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