26 de maio de 2014

O tempo passa e tudo o mais fica. O violão sabe mais de mim, maliciosa serpente que carinho com os dedos, que melindrosa dos meus medos aos meus afobos inventa alguns sentimentalismos que durante a canção eu também acredito, às vezes perduram... Toco, toco, eu mesma não quero parar a reentrar no mesmo universo das coisas que ainda se dão, os receios que eu ainda tenho, os limites que eu ainda imponho, as paixões que ainda não conto e as mentiras que não me paro de dizer. Toco, muito, sem os amantes, sem clareza, sem a forma do desejo que, vazio, vadia... Me recomendam canções, me dão outros temas... não quero! Continuarei a paquerar esta existência invisível com quem travo o meu amor musical.

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