7 de maio de 2014

Com toda a simplicidade, a poesia da ausência te inventa. É o nada acontecer e o tudo sugerir-se nas nossas ideias de realidade que constrói o espaço total que vamos ocupando. Uma frase, um nada, o carinho abstrato de lembrares de mim ergue uma tarde inteira de poesias a tentar desbravar o agrado do seu coração, a tradução das minhas delicadezas, a dança dos carinhos que vou lhe dar, quando?, já dou, de expectativa em expectativa, nunca. O espaço imaterial entre nós já abusa da nossa distância, distrai-se dos nossos carinhos, e não quer mover-se para lugar nenhum.

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