chega de coisas pela metade.
"Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o universo não tem ideias." F. Pessoa
12 de outubro de 2008
sangue pelo chão
Não sei ser pessoal e sutil como Manuel.
Não tenho as mãos doces de Vinícius também,
e então não ficam nem eu fico apaixonada.
Sou mais como as tentativas sem fim e final de Drummond,
eu que não gosto de Drummond sou mais como seu fogo solitário.
Cansei de solidão e do que não está mais no uso corrente.
Das coisas pelo meio e do meio das coisas e do meio das coisas de não acabarem.
É mais simples,
não é tanto só um prazer de arrastar-me pelos cabelos pela tortura
e pelo prazer visual de quebrar meu prazer corporal,
é um não querer que o prazer venha de mim, eu acabo sempre pensando,
é o não querer que o prazer venha de mim que me mata.
Mas afinal não é uma incapacidade, mas talvez seja.
Uma vontade que inunda e afoga de provar a capacidade e eficiência,
e de que o outro não queira fim ou o queira por cansaço.
Situações incômodas, vergonha do esforço, auto-ridicularização da tentativa,
impossível tentar ser isso, vergonha, reafirmo, da ridicularização,
meu medo mais medo,
amarras,
sem serem sensuais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário