30 de abril de 2014

O silêncio torna clara a distância entre as intenções. As conversas que se forçam de todo modo na rotina vão relevando a existência de dimensões diferentes, planetas distantes cujas pontes se tornam possíveis nos encontros do espaço-tempo, misterioso, incontrolável, imprevisível... À janela devo montar guarda?, a esperar o fenômeno marcante que me revelará o novo passo possível, a revelar aonde se amarrará a outra ponta da corda? À mesma visão do espaço sideral descoberto e reindescoberto encanta-se o meu mundo inteiro... Como concentrar a atenção em um só fenômeno, estando todas as possibilidades universais à espera da mesma porta espaço-temporal para as mais diversas dimensões... Apenas tempo, o que se põe no espaço inescapável de nós, pode descobrir, desatento, o melhor momento de sair de casa. Portanto deixo-me aqui ficar, a esperar o sopro da flauta a domesticar minha cobra, o encantamento invisível a conduzir minhas cordas, a fagulha rasteira a invadir meu rastilho.

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