28 de abril de 2014

O tempo alcança patamares inalcançáveis, nada havia planejado para esta fase do caminho. A descrença oca substitui o desejo tácito por quase tudo que se põe à minha frente, eu imagino novos voares, preciso escapar de tudo. Apenas a realidade constrói a realidade. Eu estou a costurar imensidões sem nada, a tinta e o papel seguem a sua fantasia desvairada de me inventar, e, sem mais amarras, acredito em tudo quanto vai parecendo suficientemente lúdico, razoavelmente duradouro, ligeiramente esquecível com suportável facilidade. A ilusão me constrói nos meus espaços vazios, e a cada novidade espaço-me imprevista.

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