14 de novembro de 2013

Voa o pensamento. Como mãe não, mas como amante convencional tento dizer-lhe para onde deve ir, onde deve ficar, o que não fazer, de que jeito me gostar. Segue o pensamento... sem ordens nem respeito conduz-me mais uma vez às instâncias que deixo esquecer; sendo duas, observo-o a descobrir-se em paragens que eu mesma já conheço, trejeitos seus - de você - tão atraentes em cujas armadilhas já caí com outras partes de mim. Porém ele segue, infantil, deleitado em tantas coisas que julga novidades, inventa desejos, e quando por alguma viela se depara com aqueles já maduros que foram um tanto mais adiante no caminho, intimida-se, bem faz ele, recua suave, tentando-se impercebido, rumando a novos desafios. Vai pensando e eu deixo-o pensar, porque esta é sua função e ele é tão moço, ainda tantas coisas lhe provarão como é imaturo, como está errado, como faz alvoroço onde poderia apenas observar. Constante criança, birrenta com as outras, revoltada em si para provar a revolta, insistente para provar a insistência, para ser chata. Leniente consigo mesmo, deixa-se demorar a aprender, e eu deixo-o, porque ele é assim.

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