26 de julho de 2009

Não consigo escrever. Tenho as pernas cansadas; as juntas na realidade doem com o peso de um peso de papel, mas nada além disso. É como se fossem pedras sendo moles. Estou sentada, e ainda assim as pernas doem de tal forma que não podem ser sustentadas; amaldiçôo a cama. Passo a mão pelos cabelos e fico sentindo com desgosto os fios desconjuntos, quero cortá-los, mas tenho, além de tudo, alguma coisa. lembrei dos fios de ovos do natal, e que se eu não aumentar a letra por mim mesma, o blog não as deixa maiúsculas. Também penso agora na partida para o rio e na viagem de Natal, e devo mandar o email, e olho as castanholas e raciocino as tantas coisas que não darão certo. Quero ficar aqui, com essa dor na junta e no cóccix, que é típica dessa posição, e quero ficar assim e pensar nos meus amantes desencontrados, todos eles, e deixar a cárie agir enquanto esqueço que acabei de comer. quero ficar assim e pensar nisso sem dormir, mas sei que o sono vai chegar então é como se eu quisesse abreviar sua viagem já e dormir logo. Nunca para pra pensar por muito tempo acordada. Assim, simplesmente pensar, sem encaixá-lo na rotina ou no meio caminho de um lugar a outro. Só pensar parada em casa, e sentir tudo que há. É que o sono..

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