12 de setembro de 2008

Má, oh, Madá, oh, Madalê, oh, Madale le le le le lena

Madalena, só quero teu corpo.
Não seu coração, sua decência, seus pais;
Quero só teu corpo, Madalena.
Por que pensas que quero muito?, por que me achas vil, Madá?
Sumo com essa dúvida e esse pudor que é o amor, esse câncer epidêmico que os homens têm ou querem ter.
O amor não existe. Tua infância pintada a guache te mentiu:
Cinderela não foi amada, Branca de Neve também não, que dirá Ariel ou Aurora. Era tudo mentira, e você nos quer no topo do bolo.
Não quero Madalena. Não sou teu príncipe, teu sonho, teu carcereiro amado. Não quero entender tua lógica e tuas manias.
Por que me achas mau, Madá? Virá alguém que te quererá os trejeitos e os olhos e o coração e a atenção e tudo o mais que achar que deve.
Depois te estraçalhará a alma, a auto-estima e o amor, deixando-te aos pedaços e pondo a culpa em ti.
E tu me julgas a mim.
Mas eu só quero te estraçalhar os cabelos
e a boca
e essa sua pele de pêssego.

Nenhum comentário:

Postar um comentário