2 de janeiro de 2012

a tristeza espreita a minha certeza altiva. ando pelas ruas sem medo do acaso. E o acaso, sem medo de mim, ainda que se aproxime armado, me cumprimenta antes de me desaforar. Eu caminho solta com um respeito incurvado ao invisível, como o deus que sou, pronta na minha inteireza de ser inescapável a mim mesma. a mim só me resta ser o que sou. não há nenhuma possibilidade externa a mim de me ser: só eu nas galáxias respondo o que respondo, só eu sinto o que sinto, só eu posso o que posso, e só eu amo como amo. Gabo-me aos céus a minha boa índole, a minha paz, o meu bem, os meus olhos e a força da minha vontade. Sigo como só eu poderia seguir. No fundo, em casa, quando choro, só eu sei a solução, só eu sei o porquê, e só eu posso construir o futuro. Para além disso, deifico o amor, e como é difícil alcançá-lo, envolvo-me em paquerá-lo até que ceda

(22/09/2011)

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