11 de dezembro de 2011

Curvo-me, muito além da linha do horizonte. Meu cheiro inebria os meus pensamentos de amor. Que saudade, Luiza! quanto tempo os seus hábitos..! quanto tempo o seu equilíbro. Ao longo dos alongamentos, uma sensação nova nos meus músculos antigos, tão sabidos, uma lembrança gostosa. Muita luta são inauguradas às marés dos aniversários. A lua parece uma benção quando tudo está fora de lugar: só ela existe de um tempo em que tinha sido mais tempo. Lavei as 24 horas muitas vezes; encolheu. E a realidade da sensação é na verdade o tempo de mim, que perco. Cada vez mais, mais atitudes requerem menos decisões, mais escolhas requerem menos escolhas, quanto mais queijo, menos queijo. No contrapasso, acumulo de assuntos, esqueço-os, sobe a maresia pelas pernas da minha memória. Por que seria preciso despertar quando todos dormem? Seguir em frente é sempre um desafio.

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