Encantou-me porque eu já não tinha o que fazer no fim da noite de sábado, quando os outros já não faziam sentido por excesso de copos. Pus-lhe numa conversa porque me parecia maldosa, e quis com curiosidade e deboche saber por que motivo poderia se dizer interessante além da boca e dos olhos.
Mexia com as mãos a mesa, o copo, os isqueiros, as cadeiras e os passantes. Não me respondia nada, me olhava, e por me olhar com seu par de olhos de menina se dizia ingênua. Por segundos, que não via passar, colocava seu par de olhos de mulher e sorria diferente, olhos e dentes em soslaio, e era como se mentalmente anotasse algo para pôr em seu diário de confissões e vitórias.
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