Não sei o que dizer. A calmaria não vem. O imenso espaço deste vazio construído na sua presença se mantém vivo mesmo quando você não está. A presença do nosso relacionamento é a ausência de uma porção de satisfações que hoje julgo secundárias. Vazios largos por partes de mim estão estarrecidos neste silêncio com o qual não há o que fazer. Esta solidão escolhida apenas torna claro tudo o que varri para longe durante a sua presença oca. E agora, nos desejos que para você são sempre os mesmos, as distrações de amigos e entorpecentes será suficiente para o fim da tarde, o início do dia de amanhã. Amanhã, sem mais, fingindo que outro momento acontece, você aparecerá para o final de semana, novo, como se ontem fosse natural para mim também. Mas ontem, que acontece hoje, acontecerá muitas outras vezes. O meu desejo se vê excesso.
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