26 de agosto de 2014

O meu mistério, hoje, não é mistério, mas ansiedade. A minha introspecção é vazio, não é dúvida. A minha dúvida é mistério universal. A filosofia dos meus dias domina o silêncio das minhas palavras. Digo, amo, faço, e me enrolo. Enredo-me em um algo invisível e incansável, presente nas minhas desatenções, evidente como a espiã da esquina, sorrateiro bandido amalucado. Sugerem-se ideias sem mãe, medos nas inconstâncias, alternâncias na estabilidade. Estabelece-se a transição. O vento confunde a onda, que quando vai olha pra trás; não vê nada, já que o mar é ela mesma e o céu é a imensidão. Não sabe entender que se busca, quer amarrar-se na linha do horizonte.
Não vislumbra o entendimento de que a água é turva, não está suja.

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