16 de junho de 2014

A panela no fogo mexe-se um pouco mais. Um rebuliço a percorre impreciso, um movimento inquestionável embora perceptivelmente invisível. A água sabe, eu sei; a panela é cobaia das nossas intenções trocadas. Eu não quero o que a água quer, tampouco ela tem interesse no que desejo: a mim interessa o efeito das suas transformações, e a ela o acontecer da mudança. Ninguém se fala pois não há necessidade, o contato está selado na simbiose dos desejos.

Este café tem um cheiro de quem está satisfeito.

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