5 de junho de 2012

a viagem de bike a São Jorge

Onde o vento bate a(`)s pernas, no meio do amplo, onde o horizonte sou eu, onde a estrada continua, onde o fim é qualquer um, conseqüencia do início, há um longo espaço para estar. Levar-se tem já um tom de felicidade muito próprio aos incomodados, e a bicicleta deixa o mundo ser seu também. Distante, muito distante da janela, do fresquinho interno sendo calor lá fora, do aquecimento do motor, dos-pos-tos-de-gasolina e por conseguinte dos oleodutos, passo marchas com os dedos, engato-as com panturrilhas e coxas e paro quando a paisagem é inevitável demais para deixá-la passar mesmo a dez por hora.

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