30 de março de 2010

é dó

Incorrespondida, seu véu no casamento era vermelho.

17 de março de 2010

música popular brasileira

Eu nasci porque eu precisava. E sentada aqui em casa eu fico ouvindo músicas para que me injetem subjetividade e eu possa escrever. Várias coisas doces, eu agora sou doce, e eu sou uma pessoa bem simples, eu mostro meus incômodos e eu não vou se não quero, mas eu quero ainda muita coisa pertinho de mim. Eu quero por exemplo a Rebecca bem pertinho, bem pertinho mesmo, porque tem um gosto de casa inacreditável e, enfim, é a Rebecca. E quero McDonalds em dias bem aleatórios, mesmo que desgoste do sabor. Quero tocar violão porque é bem bom, e ele dorme junto comigo no meu quarto. Tem outra coisa que dorme no meu quarto também, vira e mexe, e devia poder vir mais, mas essas coisas não se decidem assim. Tem água dentro e fora da geladeira, tem café também, e meu computador tem uma internet bem rápida. Mariana Duarte dá aconchego, Roberto Murilo desperta do sono e Tássia é bom para dormir e estar acordada. O Flamengo está perdendo no momento e o Rio de Janeiro é sempre mais quente que Brasília. As coisas são bem simples, vê, nada mudou, absolutamente nada, eu estou mais decididinha e madurinha, eu diria, mas os amores de antes eu ainda durmo agarrada feito ursinhos, ou o travesseiro entre as minhas pernas, e o novo gosta de pôr o peso nas minhas costas, sem metáfora.

13 de março de 2010

[somando coisas diferentes(?)]

tem umas coisas tão lindas, e quando você está à vontade, você quer ficar

8 de março de 2010

deu três batidas com os nós dos dedos no fundo falso da caixa de cds, que não sabia que era falso, nem percebeu,

6 de março de 2010

be blasé

Me cansa quando estou cansada. E eu não consigo mais nem correntemente escrever. As coisas não vão, e eu me canso de viver sempre no mesmo lugar. Estou tão diferente e não sei assumir que por vezes estou em lugares completamente absurdos. E não vou embora por causa de um amor que não sinto. Fico ali, segurando a bandeira do meu desgosto, chata, como um incômodo que, se calado, podemos suportar a companhia. Meu amor tem sido rápido e rasteiro, me amo nesse momento mais que qualquer coisa do lado de fora. Não é isso, é que me entendo. Não entendo como podem me faltar com o respeito e virar as costas no meio de uma conversa. Como isso acontece? Meu amor é por mim, só. Nesse momento. E quero tanto amar outra pessoa, raios, zeus sabe que eu preciso. O que é prum signo regido por vênus nunca encontrar uma pessoa capaz de proporcionar um tranquilo e-vice-e-versa? Paz é uma coisa que não querem me dar. Pelamor. E agora você quer que eu te diga que te convido tanto porque te quero? O que mais você quer? Que eu detalhe minha evolução sentimental?, minha história sentimental?, como me tornei tão incrédula e insatisfeita?, que eu te diga o que quero com você? O quê mais? Porque nesse momento não estou me importando, nesse momento você me pergunta e eu te respondo quase tudo, sem isso de se importar com o que você acha ou o brilhantismo da sua tranquilidade. Sabe? Eu nem sei mais do que estava falando, nem sei se descarrilhei. Vocês ficam me fazendo ser essa pessoa agressiva pela qual me conhecem. E descobrir que Brasília fala de mim! hahaha Ai caralho, que cansaço. E putamerda, que cansaço dessas pessoas que te conhecem e não te conhecem, e que não se esforçam. Sério, o quê é isso? Ah, meu velho, amor próprio é outra coisa, e o meu nesse momento é altamente excludente.