Com medo por você escondi todos os contos. Imaginando seu sofrimento, sofri os meus inevitáveis desejos três vezes, no sentir, no escrever, no esconder. Em mim, mil portas enterraram mil estórias, vontades sempre breves, sempre eternas, de ser mais eu, sempre eu e ainda eu. Vontades de com você ainda ser eu. Medo por você, com você, de ser coisas que podem magoar e ofender, já sendo. Então resoluta, serei. De algum modo, sozinha finalmente mais uma vez, ser inteira, nos pedaços vividos e nos pedaços escritos, ser livre sem a ilusão de que ser presa liberta. Enfim, com você sempre nova, cada vez mais dentro da inevitabilidade de ser, cada vez mais dentro da vontade de estar, cada vez mais dentro... poder estar fora, sonhando as minhas verdades, sonhando as minhas mentiras, sonhando, sendo tudo a todo o momento, sendo apenas eu e o mundo inteiro que se encontra nas palavras que junto das palavras que me juntam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário