"Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o universo não tem ideias." F. Pessoa
25 de junho de 2015
O seu jeito revoluciona a minha mística; o meu silêncio você fala; as minhas expressões você engole. Em todo o meu corpo se revoluciona, parte essencial de mim, o meu frenesi infantil de desejos mil, os meus olhares inquietos que procuram nas ruas diariamente vazões, vontades, complementos fugazes da minha ambição plenamente vã, e pura. É puro o meu desejo total. Vício de vontade. Queima da combustão. Mas você entorta a minha ousadia, dobra minha fuga, afugenta minha distração. O mistério da sua sensibilidade confunde as minhas portas de saída, esgota a minha criatividade à toa a voar. Inteiro, um jeito liberto de não ter medo, um jeito calmo de não ter medo, quase uma resignação, mas uma intenção - muito clara, de mim. Nisso o meu fogo se canaliza, a minha distração desestabiliza e os sentidos se envolvem de você. Contra o mapa de orientação, mas plenamente a favor da bússola, o ponteiro treme enquanto acusa a sua direção.
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