10 de novembro de 2012

Sobre a bicicleta, a vida passa como o solavanco das pedras indesviáveis e dos passeios triturados pela insurgência das raízes. Como é bom ser o pedal             Em desce meio-fio sobe meio-fio, posso pensar unicamente nos impactos         A cidade são árvores, hipotenusas das calçadas, pedaços de concreto perdidos, nem se lembram donde vieram. Entendem-se ciclistas pelas ruas, com o bom cumprimento do parceiro desconhecido, um olá ao reconhecimento dos perigos e da diversão. O nível e o vício da adrenalina confundem-se ao êxtase de não pensar. Só a cidade reflete. Refletem as rodas, sobre as pernas, restos de chuva, refletem os asfaltos, sobre o corpo, o calor da ilha, refletem os retrovisores, sobre retrovisores, outros retrovisores... A vida das formigas segue, e a tragédia de serem tão miudinhas ante nossa grandeza estabanada de gigante.

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