15 de julho de 2011

Não entendo Carla tão bem quanto o tempo diria. Imagina se sim! Noutro dia, tão invigilante, encostou-me à perna o suficiente de sua meia calça que de tão discreta chega indiscreta era. Tapeou-me no braço com o livro que abraçava, era a última virada até tomar seu lugar no metrô, em pé. Tinha feito renomado esforço para que conseguisse se apressar até a fechada das portas com tanta elegância que sua pressa seria breve holograma. Mas, os frufrus tirados, apressou-se preocupada para as portas que logo se fechariam, e num passo particularmente grande, apoiou uma perna dentro do trem enquanto a outra ainda estava lá fora, e com essa perna astuta cá de dentro foi dar de cara a pele e os pêlos da minha batata da perna.
Escrevi cartas as quais por pura indisposição da alma ela não quis responder, sem saber que aqueles eram os motivos da minha vida. Comecei telefonemas que ela nunca saberá, os que terminei antes ou os que deram erro de telefonia. Noutros fui até o fim e chamei sua presença duma tal forma que no fim da tarde pudesse asfixiar o ar da minha casa. Mas ela não, não podia, porque tinha sido longo o dia e principalmente porque aquela hora de asfixiar lá em casa já tinha começado e se desperdiçado um cadin

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